quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Startup Transformando idéias inovadoras em empresas de sucesso

Recentemente em busca de lançamentos em livros de tecnologia, encontrei uma pérola de leitura obrigatória aos empresários da área: Lançado no Brasil em Fevereiro de 2009 a “obra” Startup de Jessica Livingston, conta como surgiram algumas das maiores empresas de tecnologia. Fundadores da Apple, Yahoo, Hotmail, Firefox, RIM, Adobe, entre outras, contam como nasceram suas empresas milionárias. Uma espécie de mapa da mina para inovações tecnológicas. O livro é uma verdadeira fonte de inspiração aos empresários de tecnologia. Percebi que, mesmo com muita confiança e certeza que estavam iniciando negócios ou produtos de grandes proporções, muitos daqueles empresários ou estudantes estavam inseguros e que as histórias de sucesso meteórico escondem noites e noites de muito trabalho e acesso a poucos recursos financeiros para desenvolver suas idéias. Em comum em todas as histórias, a inquietação em atender a um anseio ou desejo do usuário. Para não frustrar os futuros leitores de Startup, termino meus comentários. Recomendo fortemente a leitura!

Mas como iniciar uma startup (uma nova empresa, com poucos recursos) no Brasil?

Inicialmente, inspire-se, busque uma idéia ou produto inovador, desafie conceitos, quebre paradigmas. Escreva sua idéia, crie seu plano de negócio. Não desanime se alguém disser que sua idéia não é viável. Se fizermos uma retrospectiva, veremos que algumas idéias foram rejeitadas por grandes empresas, como o computador pessoal (desktop), navegador de internet e até mesmo o uso de e-mails. Por outro lado, alguns produtos ou empresas de sucesso aconteceram quase que por acidente.

Mas como enfrentar a falta de recursos financeiros? Existem diversas maneiras de financiar seus projetos, tais como: Investidores anjos, fundos de capital de risco, fundos de amparo a pesquisa e o tradicional financiamento bancário. Esse tema por si só daria um livro, mas gostaria de destacar a iniciativa e o importante trabalho desenvolvido pela FINEP, PAQTC e FAPERN que, através da Lei nº 10.973/2004, regulamentada pelo Decreto nº 5.563/2005, estão pondo em prática a “Lei da Inovação”. A Lei consiste em medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do país.

Somente no ano de 2009, dezenas de empresas no Rio Grande do Norte receberam subvenção econômica através das seleções públicas PRIME, INOVA II e PAPE II. Os recursos são de aproximadamente R$120.000,00 por empresa/projeto, podendo chegar a 10 milhões de Reais. O que o governo e a sociedade ganha com isso!? Desenvolvimento de empresas e idéias que em muitos casos não existiriam ou não se desenvolveriam sem esse importante incentivo. Investimentos como esses, de pronto geram empregos; os projetos inovadores certamente se desenvolverão gerando mais emprego e renda por muitos anos.

A “Lei da Inovação” representa um marco na história do Brasil, uma conexão perfeita entre empresários, universidades e pesquisadores na produção de soluções inovadoras e ao mesmo tempo comerciais. Quem sabe em alguns anos possamos experimentar o desenvolvimento econômico e tecnológico conquistado pelas empresas da região do Vale do Silício - EUA ou de Bangalore na Índia.

Finalizo com um alerta importante: Os recursos devem ser usados de forma responsável e efetivamente investidos na execução dos projetos. Trata-se de recurso público, consequentemente auditados pelo Tribunal de Contas. Para mais informações visite os site www.fapern.rn.gov.br , www.finep.gov.br e www.paqtc.org.br

Erico Fernandes

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